Carta 52
- Histeria
- Neurose obsessiva
- paranóia
- perversão
Pcp significa percepção; I-pcp significa indicação da percepção; Ics é o inconsciente; Pcs é o pré-consciente e Cs é a consciência. Esse primeiro indicativo sobre a formação do sistema psíquico será mais bem trabalhado nos textos “Projeto para uma Psicologia Científica”, também de 1895, e no Rascunho “Uma nota sobre o bloco mágico”, no qual Freud faz um paralelo entre esse brinquedo tão popular na época e o sistema psíquico.
Na descrição sobre como funciona o aparelho psíquico, portanto, podemos compreender que as percepções nos cercam a todo momento, e que cada pessoa pode ter uma compreensão ou indicação da percepção diferente, de acordo com sua genética e experiência prévia. A informação captada é processada então no subconsciente e encaminhada ao inconsciente, recalcada quando trouxer algum tipo de conflito ou sofrimento para o indivíduo. Quando não há nenhum sentimento de conflito envolvido, essa lembrança, imagem, som ou cheiro apreendido retornam à consciência e ficam gravados, podendo se conectar a outras informações (anteriores ou posteriores). Dessa forma, as informações apreendidas são permanentemente reeditadas e reelaboradas, pois a construção das mesmas passa por um constante processo de reconstrução e revisão.
A informação recalcada pode passar por um processo normal de defesa ou patológico. Quando se torna patológico, significa que ele se associou a uma memória que estava no Ics por não ter sido processada, já que provocava demasiado sentimento de conflito ou sofrimento. Além disso, quanto mais vezes essa lembrança recalcada retorna à Cs, ainda que modificada, mais o aparelho psíquico irá se esforçar por reprimi-la novamente ou modificá-la. No entanto, no caso dos eventos sexuais, há uma diferença:
O que determina a defesa patológica (recalcamento), portanto, é a natureza sexual do evento e sua ocorrência numa fase anterior. Nem todas as experiências sexuais produzem desprazer; a maioria delas produz prazer. Assim, a maioria delas está ligada a um prazer não passível de inibição. O prazer não passível de inibição dessa espécie constitui uma compulsão. Chegamos, pois, à seguinte formulação. Quando uma experiência sexual é recordada numa fase diferente, a liberação de prazer é acompanhada por uma compulsão e a liberação de desprazer é acompanhada pelo recalcamento.
Freud, ao estabelecer novamente como os transtornos se encaixam na cronologia de desenvolvimento humano, traz a seguinte formulação:
obs: aula 3 tema 3 carta 52
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